Invasão da Ucrânia: veja seis possibilidades do que pode acontecer na região


Invasão da Ucrânia pelos russos começou na última quinta-feira

Putin reconheceu territórios de Luhansk e Donetsk como independentes

À CNN analistas apresentaram seis possibilidades do que pode acontecer na região no futuro

Desde a última quinta-feira (24), a Rússia invadiu a Ucrânia e a situação na região é incerta. As tropas de Vladimir Putin estão na capital, Kiev, que sobre seguidos bombardeios. Ainda assim, o controle da cidade ainda está com os ucranianos.

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, afirma que o país está se defendendo sozinho, sem o auxílio dos Estados Unidos. Segundo a inteligência do Reino Unido, as cidades chave ainda estão sob o controle dos ucranianos e a resistência foi maior do que o imaginado.

Os analistas de política internacional Nathan Hodge e Tara John afirmaram à CNN que há diversas possibilidades do que pode acontecer a seguir. Entre as seis hipóteses listadas, há a ideia de que Luhansk e Donetsk tornem-se uma “Crimeia 2.0” ou a instauração de um governo amigável à Rússia.

Conheça seis possibilidades do que poderia acontecer na Ucrânia após a invasão russa, segundo os analistas políticos:

Anexação da Crimeia 2.0

Antes de invadir a Ucrânia, Putin reconheceu a independência das regiões de Luhansk e Donetsk como repúblicas independentes e poderia anexar as regiões, onde há separatistas russos – isto é, forças independentes que se consideram russos e gostariam de deixar a Ucrânia.

Segundo Hodge e John, caso a Rússia consiga o controle da cidade de Odessa, onde há um porto importante, é possível acreditar que as tropas de Putin aumentariam o território anexado.

Dividir o território ucraniano

Putin declarou que vê os ucranianos e os russos como um só povo. Caso o presidente russo pense em dividir o país, a Ucrânia tenderia a ficar com o território ao oeste, enquanto a Rússia focaria as atenções para o lado leste.

À CNN, o historiador Alexander Etkind afirmou que a Ucrânia poderia ter um cenário similar ao da Alemanha durante a Guerra Fria.

Um estado pró-Rússia

Outra possibilidade ventilada pelos especialistas é que o governo de Volodymyr Zelensky seria deposto por forças russas. Com isso, Putin poderia colocar um governo pró-Rússia no comando da Ucrânia.

Ao longo desta sexta-feira (25), Vladimir Putin fez ofensas ao governo ucranianos e chamou autoridades do país vizinho de “viciados em drogas e neonazistas”. Apesar de Zelensky ter sido eleito de forma democrática, Putin sugere que ele não seja um presidente “legítimo”.


Ocupação sem violência

A Rússia alega que não quer fazer na Ucrânia uma ocupação. Ainda assim, é possível imaginar um cenário em que forças russas tentam impor regras próprias sobre o país invadido, mesmo sem o uso de força.

Essa decisão poderia minar pilares importantes da democracia ucraniana, como imprensa livre, liberdade para protestar e outras. Na Rússia, por outro lado, é comum que opositores sejam presos e a imprensa não tenha a mesma liberdade de atuação.

Ocupação violenta

Apesar da possibilidade de fazer uma ocupação não violenta, os analistas avaliam que há a possibilidade de uma ação mais violenta da Rússia sobre o território ucraniano, sem cuidado com os direitos humanos.

Na guerra da Síria, por exemplo, Putin apoiou o presidente Bashar al-Assad com força aérea, bombardeando grupos opositores e atingindo bairros inteiros neste processo.

República do medo

Na visão dos analistas, o governo Putin também poderia usar forças domésticas para prender opositores e dissidentes, para mantê-los fora da vida política.

Quando a Criméia foi anexada, em 2014, ucranianos que viviam no país tiveram de lidar com as forças russas.

Fonte : Yahoo

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